quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

EXISTEM MOMENTOS....


Existem momentos eternos cristalizados numa imagem.
Existem sentimentos doridos perdidos na voragem
do tempo que teima em não deixar esquecer,














Existem sombras onde se perdem as memórias,
mesmo as que não pretendemos que regressem.
Existem lapsos que são pequenas glórias,
são momentos de paz que jamais se esquecem.




Existem águas que vão e vêem, que trazem e levam,
que lavam e limpam, que purificam e embelezam
a vida de quem se permite sonhar.













Existem vidas perdidas, tempos vividos e esquecidos,
horas passadas, horas mortas. Existem sonhos destruídos
roubados, pisados, usados e denegridos.



Existem um final de cada dia e um nascer de nova aurora,
existe um dia atrás do outro, um pé que pisa a vida,
uma mão que se fecha a outra, um olhar que se desvia,
uma boca que se fecha, e um coração que morre um pouco cada dia.





quinta-feira, 12 de novembro de 2015

UM OUTONO EM PLENO



Outono...Quando as folhas se vestem de tons de introspecção e se abandonam simplesmente à aragem fresca das manhãs.










Vestidas de magia dourada e ocre as rainhas da floresta brilham no baile matinal ao som deste sol outonal.











Que pintor poderia dar-vos essas cores? Que costureiro poderia
fazer-vos semelhantes vestidos? Só a força da estação pode torna-vos tão belas.








Como romances de um Verão que passou atapetando o chão e enchendo
a vida de uma nostalgia mansa e doce.












Beijos de Outono em dias de sol e paz.












Como rendas num vestido sumptuoso as árvores bordejam as estradas e os caminhos. São apontamentos de uma beleza inigualável num mundo de encantos quase mágicos, quase etéreos.








Como gotas de sangue a vida vibra nas folhas que se despedem das ardências do Verão e dão as boas vindas ao Outono.... Em toda a sua magnificência e beleza incomparáveis.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

DO AR E DA TERRA



Quando a alma gémea viaja e traz o sol do outro lado do mundo










A paleta divina é inigualável. Só Ele põe estes tons no céu e na terra










Que maior felicidade e paz que poder contemplar um adeus do astro rei









Na terra também as tintas do nascente são belas e únicas










Mesmo quando as nuvens da vida ensombram a sua luz, ele está lá sempre com esta força que nos empurra para a frente.











Um céu de tempestade tem o encanto da fúria e da revolta da natureza... Continua a ser lindo.








Rugem as nuvens e o sol, no horizonte rasga o negro com a sua luz.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

APENAS O SOL




O luzeiro do céu que a cada dia nos dá os bons-dias e as boas.noites... Não há palavras!



E quando as nuvens tentam "aconchegar" o brilho e a luz, lá está ele, forte possante a furar o manto cinzento


Quadros impossíveis de reproduzir... A mão do homem não consegue atingir esta beleza...


Uma sombra no céu... E uma luz sem igual!




segunda-feira, 12 de outubro de 2015

MONTE DA LUA




A cada passo a magia das formas e o encanto do mistério...


Perfumes enleados na poesia de um ramo de palmeira.





Perfiladas as guardiãs da serra velam pelo casario que povoa a paisagem.



Ecos do monte da lua, Gotas de mistério ao entardecer





Pomar. Infinito verde ou simplesmente um pedaço de vida. Um trilho de sonhos.

ASTRO REI




E assim começa um novo dia do resto da minha vida....










Uma luz que se eleva no céu e rasga as vestes aveludadas da noite













Dos vibrantes amanheceres de verão aos sombrios outonais, vai um esvoaçar de andorinha. Mas o sol, esse...Esse brinca com as nuvens.












Sobre o infinito oceano aconchegado no algodão acinzentado das nuvens, ele despede-se deste lado do mundo.











O voo rasante do astro rei mergulhando no horizonte e nascendo do outro lado.... Que maior beleza podemos desejar?










Só a luminosidade a lembrar que mais um dia termina.

Mais um do resto da minha vida....

VOZ LIQUIDA



Na tua voz o silencio que me inunda quando as tempestades da vida fazem de mim um joguete. Na tua imensa voz.... O meu sereno silencio.






Entregas o teu corpo de alva espuma ao agreste abraço dos rochedos. Neles morres e renasces a cada nova onda azul do teu vestido...




Poseidon bateu com o tridente dourado no fundo rochoso do seu submerso palácio e logo se encapelou a superfície do oceano, como se um soluço de saudade agitasse as águas e as projectasse para o alto.







As ninfas vieram à superfície. Para que não se perdessem no percurso, o profundo mar amansou as suas ânsias e beijou docemente as escarpas.





Quando o nevoeiro te serve de manto a magia feérica e impalpavel é um grito de liberdade pairando sobre a tua cabeleira branca.