segunda-feira, 12 de outubro de 2015

VOZ LIQUIDA



Na tua voz o silencio que me inunda quando as tempestades da vida fazem de mim um joguete. Na tua imensa voz.... O meu sereno silencio.






Entregas o teu corpo de alva espuma ao agreste abraço dos rochedos. Neles morres e renasces a cada nova onda azul do teu vestido...




Poseidon bateu com o tridente dourado no fundo rochoso do seu submerso palácio e logo se encapelou a superfície do oceano, como se um soluço de saudade agitasse as águas e as projectasse para o alto.







As ninfas vieram à superfície. Para que não se perdessem no percurso, o profundo mar amansou as suas ânsias e beijou docemente as escarpas.





Quando o nevoeiro te serve de manto a magia feérica e impalpavel é um grito de liberdade pairando sobre a tua cabeleira branca.



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